Crises, crónicas fracas e coisas que tal

Senti-me insultada por este senhor. Acho que ele confunde conceitos e gerações. 

A geração que se queixa e que resolve emigrar ainda não é aquela que tem internet no telemóvel para consultar os likes na foto em bikini (que não diferencia dos likes na foto da neve). A geração dos likes e da internet no telemóvel pode estar desinteressada e 24h online, mas, meu senhor, não é a geração que vai menos às aulas numa universidade (sempre se faltou às teóricas) e o online vem precisamente do acesso e da velocidade da informação. Não comparemos com a faixa etária que ainda está em pleno secundário, mas essa ainda não se queixa e, a meu ver, terá muito que se lhe diga.
Além disso, eu não sou desinteressada, não passo a vida a sair à noite, nem acho que é tudo fácil. Queria até saber o que é isso. Eu e uma boa parte dos meus amigos. 

A emigração não é coisa de jovens. Os meus tios que emigraram há 30 anos e voltaram, emigraram agora, outra vez e os jovens entre os 30 e os 40 anos são uns dos muitos que emigram agora. O emigrar, na maioria dos casos não é por gosto e, nesse caso, não é ida sem retorno, se o país permitir. Qualquer um que emigra por necessidade e deixa o país com saudades, se as coisas melhorarem volta. O país permitir é que é outra história. 
Quanto ao resto, a analogia do surf é infeliz. É infeliz ao ponto de se tornar o herói, o lutador, qual Futebol Clube do Porto penta-campeão que agora joga de forma que até dá dó. A geração entre os 30 e os 40 vencedora? Já lá vai tempo. 
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